Saturday 15 August 2009

Jura

Das cores em amores vi o grito.
Vi em seus olhos o conhecido brilho.
Vi em teu corpo a marca do bom filho,
E em tuas mãos sentido todo o infinito.

Já o sabia, já em ti vivia,
o sorriso de toda e qualquer alegria.
E ri, chorei, no sempre que te amei.
E não-menti, em verdade, em vereda não te enganei.

Da alva, da calma, elevei-me a alma.
Cingi tua fronte. Na lapela a nova-rosa,
Jovial da moçoila-aborosa, minha amorosa.
Do tudo em meu - nada - do colorir d'alma.

Nem antes supus, e depois a ti compus
Serena serenata, tão bem cantada.
Frangalhos - jamais! Tua rainha coroada.
Tua graça soberbada daquilo que propus.

Wednesday 12 August 2009

À deriva.

Sem uma única palavra a finalizar, eu perguntei: "Haveria sinceridade nas palavras à deriva?"

Foi como tocar na mais escondida ferida. Foi como me perder na mais obscura esquina.

Sem uma única palavra a iniciar, eu me acomodei, e aquela resposta bem dei: "Haveria sinceridade no olhar de quem ama?"

E todas as outras calaram-se, dentro de mim.