Friday 30 January 2009

vinte e sete

Quem sois tu, ó alma?
Quem sois para tanto
que assim rouba-me por encanto,
me leva me atrai, torna a ti minha calma?

Quem sois que vens,
sem pedir,
nem de longe, mas antes, sempre a sorrir?
Tu! Que agora meu coração tens.

Quem sois tu, ó alma?
Quem sois para me amar,
e assim perto de ti me levar?
"Bem sabes, sou tua calma."

Bem sei que é s a falta sem fim,
que és desde antes tudo para mim.
Bem sei que és o meu guiar.

Antes, outrora - o dito amar.
Que és minha calma,
que já sou tua alma.

Tuesday 27 January 2009

definição

Eu realmente nunca soube escrever e sinceramente duvido que um dia venha a aprender. O que faço é muito mais simples, mas nunca será descaso, parece-se mais com uma vida em prantos, banhada por um mar de sorrisos.

Saturday 24 January 2009

Tortilhas e mostarda.

Ah! A tontura do tonto não existe na infinitude da melancolia de um sofredor ausente de si mesmo, afinal, como poderia se este último nem sabe de si mesmo, assim como curar-se de algo jamais dito como aflitivo ou avassalador, não a possibilidade de tal feito em defeito ser transposto ao lado ou ao contrário.


Mas que o seja, não é assim que deve ser tida a sensatez infausta de minha mente que cantarola como papagaio após o alçar em voar de um pássaro-avião. É algo mais próximo a estupidez da fixa forma nomeada rude.


E tudo acaba por aí.
Ou volta.
Mas sempre em nunca some.

Sunday 18 January 2009

Volta.

Em quantos caminhos uma alma entrecortada pode encontrar-se espalhada em espelhos sem reflexos de um narciso?
Que eu não saiba é uma razão sem par, sem nem um dispare a tentar algum tipo de controle. Que eu sei sabendo que virarei pó que serei carregada entre os ventos do meu mundo que não trata-se mais de algo único como o esperado de não-esperar, entre tantos involuntários dias sem nem ao menos uma gota de orvalho a besuntar meu rosto, que de cristais tornou-se.

Faz-me cair por terra
Faz-me seguir um rumo qualquer
Vou-me assim sem ver
Meu corpo que alguém enterra.
Trazendo-me a aurora
Trazendo-me a vida flor
Vou-me assim em meu outrora
em mais ou menos criar amor.
Seguindo a quem segue
O seguimento de quem negue
Que um dia ou outro foi
Que um dia ou outro oi.
Que sou em mim
Que sou sem fim
De meio e começo
Eu esqueço.
Os nomes, os dogmas,
as fortes, as mortes.
Do jorrar da fonte
da fraca possante
Do dia e da noite
da arte andante.
Contempladora
Espectadora
Da vida vivente
do som toante.
Sou
Sendo
Sabendo
que é o ar que vagueia
que é a corrente que serpenteia
me guia, me perde...
Um vínculo.

Thursday 1 January 2009

Ano, não, ovo - Novo (?)

Quê!

Era o grito abalante da noite de um suposto novo ano.

Ah!

Era o estrondo do coro de fogos pertubantes do tal novo ano.

Seja!

Era o vago pensar que transbordava no peito do não-tempo.

A N O
N o Ã
O a N
V o V
O V O