Sunday 24 October 2010

Anseio

Quase por nada me perco em momentos, afinal, esqueço-me rápido das coisas boas que já vivi. Mas... Quando menos espero acabo por deparar-me com uma chuva de verão. Dessas que roubam todo o céu e parecem que nunca mais terão fim. É como uma surpresa gostosa que me é preparada por alguém, com o único intuito de minha retomada. Afim de coisa boa voltar e coisa má por vez me abandonar.

Tuesday 27 July 2010

super-nova

Estelar e momentâne, em êxtase. Pergunta-se onde está aquele que só ela quer, pergunta-se por quanto tempo assim ficará. Lembrando-se que para além do sempre seu brilho atravessará todo e qualquer breu, só para dizer infinito-pleno já é o Amor que por aquele sente.
Diverte-se como se fosse a brisa a brincar com aquele de faces róseas, sabendo que mais que qualquer vento-ventania para aquela vida, é. Talvez seja ela o mais puro brilhar com o mais intrínseco mistério escondido em seu etéreo de alma

Tuesday 13 April 2010

- acredito em

Vejo ao vento, ao longe, a necessidade de um retorno. Vejo o roubar, o entreolhar da esperança com minha eterna criança. Trata-se de um pedido, de um declame, da ponta da caneta à tilintar sobre o papel.
Acho que é a falta em falta de um alfarrábio retornar.
Enfim, voltei.

Wednesday 21 October 2009

Iluminus.

Brilha no mundo a estrela mais fria,
brilha no escuro de sua própria tristeza,
esquece-se que no ar vaga o sim da certeza,
e perde para além-sempre o sonho que queria.

Brilha no horizonte o homem,
brilham nele os astros que já somem.

Por entre seus elementos-seres,
por entre os toldos os quereres
daquela mesma fria estrela.

Pois sem tristeza não haveria o permear-se,
aquele tão pouco conhecido completar-se,
com o sonho-alegria
na música do maestro-melodia.

Então:

Brilha no mundo a estrela mais fria,
brilha por ele e gera alegria.
Brilha no escuro de sua própria tristeza,
brilha para deixar-te aos braços desse acalanto-beleza.

Brilha no homem o horizonte,
brilham nele os astros que não mais se escondem.

Tuesday 20 October 2009

Inscrito.

Tantos são os dias que não mais escrevo,
Tantos esses que em mim esmoreço
E aos outros apenas tomo parte
Fingindo não ver que não há mais impasse.
Vai, pois, complicando-me e fugindo,
Correndo por vielas
E tantas ruas belas

Tenho na mão a caneta,
Na cabeça a sineta
E no coração
A minha inspiração.

Tenho no corpo a marca esquecida
E na mente a memória querida:
Do papel a minha estória
Perdida nos tempos da história.

Tantos são os dias que não mais escrevo,
Tantos esses que em mim esmoreço.
Mas, no fim, sou eu mesma,
Parte a parte da mesma centena,
Da alma fogosa
Em verso-vida amorosa.

Sou:
De caneta e papel,
De uma arte sem véu:
Nua.