Saturday 15 August 2009

Jura

Das cores em amores vi o grito.
Vi em seus olhos o conhecido brilho.
Vi em teu corpo a marca do bom filho,
E em tuas mãos sentido todo o infinito.

Já o sabia, já em ti vivia,
o sorriso de toda e qualquer alegria.
E ri, chorei, no sempre que te amei.
E não-menti, em verdade, em vereda não te enganei.

Da alva, da calma, elevei-me a alma.
Cingi tua fronte. Na lapela a nova-rosa,
Jovial da moçoila-aborosa, minha amorosa.
Do tudo em meu - nada - do colorir d'alma.

Nem antes supus, e depois a ti compus
Serena serenata, tão bem cantada.
Frangalhos - jamais! Tua rainha coroada.
Tua graça soberbada daquilo que propus.

2 comments:

  1. juramentos sem fim continuam a se sobrepor, sobrepujar

    e o amor
    ah, o amor há de seguir passeando
    feito pássaro nos campos
    sem se preocupar

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  2. belo poema, apesar de me lembrar de Hegel o motivo jocoso de se fazer difícil de entender...

    "Na lapela a nova-rosa,
    Jovial da moçoila-aborosa, minha amorosa.
    Do tudo em meu - nada - do colorir d'alma."

    Não sei se mais jocoso é o motivo ou o resultado.

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