Tantos são os dias que não mais escrevo,
Tantos esses que em mim esmoreço
E aos outros apenas tomo parte
Fingindo não ver que não há mais impasse.
Vai, pois, complicando-me e fugindo,
Correndo por vielas
E tantas ruas belas
Tenho na mão a caneta,
Na cabeça a sineta
E no coração
A minha inspiração.
Tenho no corpo a marca esquecida
E na mente a memória querida:
Do papel a minha estória
Perdida nos tempos da história.
Tantos são os dias que não mais escrevo,
Tantos esses que em mim esmoreço.
Mas, no fim, sou eu mesma,
Parte a parte da mesma centena,
Da alma fogosa
Em verso-vida amorosa.
Sou:
De caneta e papel,
De uma arte sem véu:
Nua.
Tuesday, 20 October 2009
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Adorei o "verso-vida".
ReplyDeleteCurioso como as palavras se interpenetram na tua poesia.
Belíssima a forma como escreve...
ReplyDeleteParabéns pela arte...