Sunday 18 January 2009

Volta.

Em quantos caminhos uma alma entrecortada pode encontrar-se espalhada em espelhos sem reflexos de um narciso?
Que eu não saiba é uma razão sem par, sem nem um dispare a tentar algum tipo de controle. Que eu sei sabendo que virarei pó que serei carregada entre os ventos do meu mundo que não trata-se mais de algo único como o esperado de não-esperar, entre tantos involuntários dias sem nem ao menos uma gota de orvalho a besuntar meu rosto, que de cristais tornou-se.

Faz-me cair por terra
Faz-me seguir um rumo qualquer
Vou-me assim sem ver
Meu corpo que alguém enterra.
Trazendo-me a aurora
Trazendo-me a vida flor
Vou-me assim em meu outrora
em mais ou menos criar amor.
Seguindo a quem segue
O seguimento de quem negue
Que um dia ou outro foi
Que um dia ou outro oi.
Que sou em mim
Que sou sem fim
De meio e começo
Eu esqueço.
Os nomes, os dogmas,
as fortes, as mortes.
Do jorrar da fonte
da fraca possante
Do dia e da noite
da arte andante.
Contempladora
Espectadora
Da vida vivente
do som toante.
Sou
Sendo
Sabendo
que é o ar que vagueia
que é a corrente que serpenteia
me guia, me perde...
Um vínculo.

2 comments:

  1. "Que um dia ou outro oi."?
    :X

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  2. "Do dia e da noite
    da arte andante."
    Gostei.
    Viu, mudei.
    Do Devaneio, para o SNEE.
    Dá uma olhadinha básica de vez enquando.
    Que nem eu, que entro aqui, olho e nunca comento hahahaha
    Beijoo

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