Thursday 5 February 2009

Vivia? Não mais.

Quando nasci, Ah! Eu fui tida de primeira impressão um desses seres mais singelos e, por todos os pontos de vista, mais delicado que a flor de jasmim que floresce e que deve ser colhida antes do amanhecer para ter seu cheiro conservado. Muito se enganaram esses loucos-lunáticos sem vida, pois eu, Ah! Sou muito além dessas coisas tão pequenas e sou muito alem dessas mentiras mal contadas de pais para filhos.

Eu fui crescendo e me fortalecendo em cada um dos meus rumores, em cada um dos meus dizeres! E FUI EU, apenas eu! Que mantive vívida na memória a frustrante atitude de tentarem me interromper, de tentarem me impedir de realizar os meus maiores desejos de uma sonhadora perdida no vago espaço do tempo infinito.

Acredite em mim! Acredite nesse falatório moderado de um mero ser humano sem vida de fato, que apenas por mais um dia queria poder declamar ao grandioso poeta esquecido nas entrelinhas e nas esquinas de pensamentos vividos apenas na minha imaginação a verdade sobre o que é o Sentir! Sobre esse paradoxo de antítese que denomina-se Amar!
E eu viro o Maestro-motivo! Viro o canto do rouxinol e pouco mais me transformo no Pitassilgo que alça vôo para alem de um horizonte circular que você certo dia abandonou ao descaso da memória sem lembranças de um perdedor qualquer.



VOCÊ ME ACUSA! Você tenta isto ao menos, por certo momento! VOCÊ! Na sua estúpida vivência sem capacidades de modificar algo para o prazer de outro, ah! Sou eu que tento agora trazer confiança a qualquer alma para que se mantenha firme em algum sorriso sincero de brilho memorável...

SOU EU! Que trago no olhar a última lágrima de desespero de um povo que a muito foi perdido em si mesmo, e que a muito deixou marcado nas pedras históricas a sua despedida de amor – O NOSSO EPITÁFIO; pois de uma hora para outra nós viramos ambos um único ser único, CONTRADITÓRIO.



Eu fui me deixando cair nas minhas criatividades infindas a paixão que eu mais pedi ao Céus, a paixão sem dor de um coração que não pulsa mais. SIM! É bem esse o caminho que eu segui em um momento que eu não acreditei mais poder em mim ficar guardado o louvor de quem chorou por um amor e que sofreu loucamente e até arrancou os cabelos por um Amor!

Me deixei cair nesse caminho. Me deixei até pular da ponte das águas mais cristalinas da pálida garoa, da chuva das lágrimas de quem já se perdeu dentro de si. Me joguei! ME ATIREI! Fui bem eu, aquele que MATEI.

E junto veio ao quadrado de toda qualidade-defeituosa encaminhou-se ao meu lado aquele que me fez chegar ao ponto que cheguei. TOLO! TOLO É VOCÊ! Que não passa de mim mesma, segue o caminho que tomei, e se deixa no mesmo ponto que me deixei. E POR QUÊ?

Por outra, que te pega pela mão e com um afago vingou-me.

2 comments:

  1. Imagino a cena... Essa música seilá... Me chamou a atenção. Acho que é aquele tipo de música que você sabe que não vai suportar ouvir daqui a algum tempo, mas enquanto o enjôo não vem, vicia-se lentamente.
    Muito bom seu post. Tão bom que nem tenho comentários.

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  2. Música? ópera-útopica com ópio de flor.

    Nada mais.

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