Por dentro de olhos
vejo um imenso vazio,
como mar calmo,
algo tão vivo.
Que te penetra,
invade tua armadura.
E você vai se afogado,
em seus pensamentos,
mostrando aos olhos,
olhos que te vigiam,
todas as tuas verdades
sem poder conter
nem ao menos prever
a invasão dos olhos meus
na menina dos olhos teus.
Tua alma vem a tona,
brincar com a minha,
unindo uma a outra.
Agora, almas juntas
de olhos únicos.
No meu azul vivo
como que hipnose,
flutuas no infinito
da minha mente,
vendo teu rosto
marcado eternamente
na memória minha.
Mar azul de recordações,
vida que fica frágil.
Olhos de ressaca,
eles te prendem,
eles te invadem.
Olhos de maresia,
eles te acalmam,
eles te mostram.
Verdades e solidões,
minhas e tuas.
Infinito azul.
Perene, eterno.
Eles te invadem.
Thursday, 26 March 2009
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Oh, minha amada
ReplyDeleteQue os olhos teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe nos breus
Oh, minha amada
Que olhos os teus
Quanto mistério
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufrágios
Nos olhos teus
Oh, minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois não os fizera
Quem não soubera
Que há muitas eras
Nos olhos teus
Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus