Monday 27 October 2008

azuis de um lírio

Quase não mais vivia,
quase até mesmo se esquecia
que era a pouco, tão só,
que era ontem, apenas pó.

Mesmo que renascesse e mesmo
que tudo se esvaecesse a ermo,
não havia mais dor, nem mais choro,
era agora apenas trovador, ele - o coro.

Com versos de vento raios de sol,
com o sorriso nos lábios, puro farol.
Que escrito com brilho estrelar já diz:
"É aqui que deve aportar, deve é ser feliz"

Tudo estava ali, já o sabia,
nos olhos que tanto o cativa...
Tudo estava ali, nas palavras que não dizia,
nas ondas do mar que tanto se movia.

Talvez fosse amor,
talvez ele fosse apenas sonhador.
Que o fosse, mas que o seja
no teu vale, minha flor de cereja.

(Fragmento de momento após:)

Talvez ela parecesse apenas perdida,
talvez fosse aquela que traria vida.
Que o fizesse, que o quisesse...
Ver como novo ramo, que florescesse.

Ao nascer de um novo pôr solar.
Ao fim do mais novo invernar.
Primaveril, na constância do não
constante sem mais dias em vão.

Amo.
Clamo.

1 comment:

  1. Palavras que funcionam como teclas de um piano perdido no tempo, de um amor perdido, atemporal. De um perdido sentimento, de um sorriso radiante e vital. Apenas uma Castanha em momentos complexos.

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