Tuesday 21 October 2008

sol de lua

Narciso que me chamo
todo dia, após dia
Narciso que me amo
no hoje, no ontem, no dia-a-dia

Uma coisa tão minha,
uma vida que não tinha.
Lucros que eu não queria.
Sortes, pelas quais morreria.

Narciso, que não sou
por hoje, por eternidade de sempre.
Narciso, que não sonho
uma noite de todos, minha, nem sempre.

Não devo mais ponderar
Nem devo ainda a ti, adorar,
mas que me vale ser quem não sou
Agora que teu sorriso a mim tomou?

Não me pergunte nada, nem aguarde um algo. São apenas mais pedaços da minha mente tão humana, tão insana, tão romântica.

1 comment:

  1. No meu caso é sorte. Sorte de um surto insano e momentâneo. Coisa que vem e arrebata,mas logo se esvaira. Coisa esta, que não pertence a mim. Só me toma para si, e me deixa a contemplar certas divagações que transcreve usando-me. Sim, teorema algébrico enlouquece.

    Quanto ao que escrevo, elogie os surtos algébricos. (:

    ReplyDelete