Saturday 25 October 2008

borboletear

Foram meus azuis. Mentira, foram teus verdes. Não sei, ambos como um ou nenhum, ainda assim todo, são afundáveis em percepções de tal relevância que não há nem mais algum controle sobre esse encanto (ao que parece) ser o que se é. Amontoado. Sim, foi bem assim. Brilho lunar claro em vida de luz - colorida - que do coelho vem o mágico e do mágico a rosa, de toda ela eu sei ali no meio das imperfeitas pétalas eu vejo-escolho perfeita como si só, como só (nós-eles), ganhou mais um mágico rubor nas minhas faces ou simplesmente nos meu lírios, vergonha que não foi, pois sei, já pré-dizia, que a louca questão do pessimismo obsoleto já não mais força teria, que no fundo da alma minha tão perdida era o risco todo que corria - risco todo que queria.

Foram meus azuis. Mentira, foram teus verdes. Quando borboleta de anjos em flor, sai assim que já vi, em busca desse tal de Amor, eu percebo pelo vento - que de brisa já se tornou - vem atrás da mais delicada flor, vem atrás do mais doce senhor. Que já vi - o caçador das borboletas de flor em flor, colhe aquela que ele sabe que ele sente - ressalta resoluto: é ela - pode a todos trazer alguma dor e pode ainda mais, a todos trazer o divino amor. Alçando vôo por alguma de tuas redes ela sabe - borboleta - a liberdade é toda dela, ela sabe - borboleta - tem hora de cativa a se aproximar; mas antes de tudo ela sabe - borboleta-anjo - ela quer assim ficar.

Outro dia ainda, aguarda o novo borboletear.
Noutra ânsia sem pressa, escura floresta,
é entre teus dedos pousar.
E é entre teus amores, toda a festa.

E volta a tudo quato é início:
Foram teus azuis, teimosa.
E volta tudo como um vicio:
Foram teus verdes, formosa.

2 comments:

  1. E o que faço eu? São de uma linhagem tão pura estas tuas palavras, que dão forma as frases, sentido e força aos textos e mágica aos meus olhos que me falta argumentos dignos diante aos teus memoráveis momentos de inspiração O.O


    Vida, foi ela que disse.

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  2. E o que faço eu? Me pergunto sempre. São de uma linhagem tão pura estas tuas palavras, que dão forma as frases, sentido e força aos textos e mágia aos meus olhos que me falta argumentos dignos diante aos teus memoráveis momentos de inspiração

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