Sunday 26 October 2008

libertinagem

No princípio, ainda quando era bem pequeno, ele já tinha boa memória. Já mostrava os gosto peculiares de um observador ávido por vida de mundo-único surreal. Parava por momentos seguindos vendo o rósea do por-do-sol sendo mais um dos raios resplandecentes deste. Passava rapidamente rodando em volta das pessoas só para descobrir as sensações de olhar diferentemente de como lhe era ensinado. E corria, corria loucamente com as mechas do cabelo mais negro que o mais triste corvo, com o brilho celeste de uma lua em sua pele que parecia cada dia mais alva, mas sim, antes de tudo, aqueles olhos que eram apenas para ludibriar e tomar para si um novo escravo de seu escritos, azuis-etéreos e vivos em toda a cor de essência que mais nada se igualava.


Mas não havia um ser vivente que não quisesse aquilo: Aquele Encontro. Poderia até trazer um fim de morte, podia até ser fim de tristeza, o que fosse, mas não havia quem não o quisesse. Pois mesmo que por um vão momento, ah, seria mais que qualquer vida eterna, seria mais que qualquer caloroso abraço ou qualquer cálido-doce beijo dos lábios delicados do mais formoso amante. Seria o olhar profundo, seria a pureza mais bem-vinda e seria antes de tudo o mais verdadeiro amar. Tudo, pelos olhos da viva-cor de uma viva-criança.


Que não há noites sem essa visão, e não há dias sem a escuridão. Pois tudo tornar-se-á busca. Que o sangue doe-se até a última gota rubra, que o frescor do hálito se esvazie até o fim, sim. Apenas para achá-lo, vive-lo. Que é em todo o infinito do meu meu momento que eu o faço vir a mim, que é em cada espasmo do sabor do gosto da ânsia lasciva que ele caminha pelos pensamentos que eram meus. É ele, todo o meu. Por hoje.


Me dê a mão, e venha passear por entre os meus bosques. Se não tiver receio, querido.

1 comment:

  1. E agora a pequena Castanha toma cuidado para não errar. Erros, muito banais, lógico, falamos de uma Castanha, não(?) Esta, que só sente, nem ao menos sabe o que, mas sente o que está pincelado de um cintilante arco-íris dentro de si. Ah, não passa de uma Castanha, quando não se tem o que recheia-lhe a vida, não(?)

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