Monday 1 December 2008

Cosmonauta e sua estrela.


Quando não há mais volta, quando não há mais rotativo. E eu já bem sei, que me tornei, como a estrela cadente, como a cauda de um cometa ardente. Não vou mais é te ligar, não vou mais em teus olhos olhar e de longe eu bem vou gritar um Adeus dos mais frios, um Adeus dos mais mentirosos. Porque em mim, bem ali escondido, eu posso te contar, nunca em minha vida o meu cosmonauta eu iria querer abandonar.

Mas vai, segue pela direita, e não se perca por entre o meu e o teu planeta. Volta para casa Cosmonauta. Você bem sabe que é lá que mora teu amor, você que me contou...

“Que os cabelos dela são os raios mais brilhantes de todo o sistema solar, que o azul que em seus olhos habita, é mais infinito que o universo com seu breu e que aquele sorriso que aparece nos lábios dela é mais ardente que qualquer calor advindo de uma estrela em super-nova.”

Mas volte, volte pela a esquerda, dê a meia volta. E venha em meu brilho se perder, venha se deixar esquecer. E vamos juntos, como um. O Cosmonauta e sua estrela cadente, o universo conhecer. E vamos juntos, como um. Todos os mistérios da lua desvendar, e em nossos corações guardar, o beijo em cometa. Agarrar com as mãos sem tremer, um anel de Saturno. E pular por entre as galáxias. A ela você bem pode esquecer...

“Que os cabelos dela são os raios mais brilhantes de todo o sistema solar, que o azul que em seus olhos habita, é mais infinito que o universo com seu breu e que aquele sorriso que aparece nos lábios dela é mais ardente que qualquer calor advindo de uma estrela em super-nova.”

Meu Cosmonauta, bem ele sabe, que eu sou ela, que sempre fui ela. Que aos céus já subiu, que estrela já virou. E que ao bom Deus rogou, para a cauda ganhar, para assim pelo mundo vagar e a ele procurar. Que ele me diga sim, que ele, enfim, possa me conhecer. Que a promessa que eu fiz, foi ela...

“Que meu Cosmonauta eu vá procurar, que a ele eu vá achar. E que ele veja em mim o seu amor, que ele veja em mim o seu amor. E se ele decidir me deixar, decidir para seu planeta voltar que me peça para ir com ele, mas que não me deixe. E se ele decidir ficar, que me peça para sempre o acompanhar. Que nunca ele venha a desejar que de sua vida eu suma, pois bem sabe o meu Deus, que se ele o fizer eu vou ao buraco negro me enterrar, eu vou para lá me acabar.”



Noutro dia antes de partir, me olhou com aqueles olhos negros e brilhantes, como o universo possuidor de uma única estrela, uma única escolha, tão sua. Por entre as mechas de seu cabelo ondulante ele veio se despedir e tentar pela última vez me tocar. Mas já com o pensar de nunca poder o fazer...

“Espera meu Cosmonauta, meu brilho eu vou diminuir, meu calor e meu frio eu vou extinguir, e sem as queimaduras você vai sair...”

“Não, não o faça. Eu quero mesmo tentar. Quero a mim provar o sonho que ontem tive...”


“Que sonho haveria de ser este que está a te perturbar?”

“Não é perturbar, é me dar a esperança da felicidade.”


E com toda a firmeza que eu não poderia nunca ter acreditado, ele estendeu as mãos e os braços e para mim se jogou, firmemente ele me abraçou. Me olhou com carinho e sussurrou...

“Bem sabia, era você minha vida. Bem sabia, era você a minha Querida.”

E os cristais de mim se soltaram, os meus medos de meu brilho abandonar foram caindo, foram um rastro formando... Eu via, eram como pegadas, eram como palavras de amor, eram os versos do nosso poema...

“Ah! Anjo, meu anjo, meu único e eterno amor.
Como podes um dia duvidar, que eu fosse te encontrar...
Bem sabes, oh vida, querida, sem tirar nem por,
Sempre teu eu fui, e juntos agora vamos brilhar.

Vamos aos namorados iluminar,
Vamos com nosso amor pairar
Nas flores do campo festejar
Vamos gotas de orvalho nos tornar.”


Em meus braços eu vi, que agora o entorpecia, vi que nos seus eu de fato existia, e fomos caindo, fomos cada vez mais devagar nos acabando e em gotas de prata nos transformando. Fomos, juntos, nossos espíritos libertando. Virando as almas-de-vento, virando para sempre aquele eterno momento.



Amor de verdade, é aquele da doação
É aquele que arrebata qualquer coração.
Amor de verdade, é aquele que te toma pela mão
É aquele que te faz para sempre esquecer da razão.

Amar de verdade é dádiva do divino, do esplendor.
É aquilo que vem como água do mar de depor
Na face os sais, os cristais, que se chamam cor-em-cor
Amar de verdade, é pode gritar “suporto qualquer dor”

Só para te dizer que jamais poderia te abandonar,
Jamais poderia um dia sem ti vir a brilhar.
Só para em teu ouvido sussurrar
Um: “Para sempre vou te amar”

Cosmonauta e sua estrela cadente
Cosmonauta em chuva de prata
Cosmonauta e sua vida agora ardente
Cosmonauta em verdade nata.

Amor de verdade, é aquele da doação
É aquele que arrebata qualquer coração.
Amor de verdade, é aquele que te toma pela mão
É aquele que te faz para sempre esquecer da razão.

Sentindo que na vida, tudo virou infinito,
Sonhando que no mundo tudo ganhou sentido
Sentido que no suspiro, não há mais o maldito,
Que o mundo inteiro virou-se em Amor expandido.

Do Cosmonauta e sua estrela cadente,
Do Cosmonauta em chuva de prata.
Dos dois amores, agora em paixão ardente,
Dos dois amores em eternidade nata.

4 comments:

  1. Diz que precisa de mim, e eu não sei porque...

    :D

    "Et je vais faire de la luminosité des étoiles, dans une alliance avec l'éternité."

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  2. perae... deixa eu respirar....

    que loucura, muito massa é simplismente a Juliana...

    não paro de pensar no q esta escrito, vou por nos favoritos.

    parabéns jú!!
    bjão abraço

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  3. ahhh ia esquecendo...

    esses objetos na foto me parecem familiares...

    heheh

    bjão

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