II
Entreabertos os lábios, úmidos
de desejo lascivo me inspiram,
e são eles - malditos! - que me conduzem,
que me devaneiam, meus sonhos.
Tomam conta de pensamentos vivo
se vão à minha tez tocar - o beijo -
que me toma que me retem, em si
em mim, não o sei.
Expira pois perto de minha face,
e exala aquele bafejo de frescor.
Apega-se a minha mão, úmida,
e me leva às cegas para eles.
Que não há mais força, não há
nem mais anseio de que o faça,
já é como consumado, volúpia -
toda minha é a alma, como corpo.
Enlaça, pois agora, com teus lírios
esse meu corpo sobre o teu.
Enlaça pois agora com teus azuis
toda minha mente que é tua.
Antes, e agora, eterno gozar de vida
quem sabe outrora, pela mão me tome...
Quem sabe ainda, para teu palácio,
eu ainda vá, pelos lábios teus.
São vicejos da nossa juventude.
Libertinos - vivos - amantes.
Monday, 10 November 2008
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Pow, perfeito seu blog, gostei muito...
ReplyDeleteSó uma pergunta como achou meu blog? rs
Abraço!
EEEETA PAIXÂOOOOO
ReplyDeletePalácio. Coisa romantica
o erotismo também precisa de romantismo né. Senão parece coisa sem essencia.
boa poesia, gostei!