Wednesday 12 November 2008

frenesi

Como criança questionei
Por quê?
E ele disse calmamente
Sou teu pai!

Ainda jovem, desejei
Por quê?
E ela disse tolerante
Sou tua mãe!

E mesmo assim - o dia,
veio, me buscou, e contou
Sou eu o você.
Sou eu o ele.
Sou eu o ela.

Naquele frescor que eu vi
senti que era meu, todo ser
que o vento embala, na noite
que vem e que passa.

Toda brisa, sou eu, que de graça
faz pirraça, de amor faz a dor.
Sou eu, a rosa da flor, horror!
Sou eu, o espinho, caminho!

No dia e na noite, tempo
que me tocava e me amparava.
No hoje e no agora, vivo
como se a vida... nunca deixava.

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